quinta-feira, 4 de junho de 2009

Amargo como cabo de guarda-chuva

Decepção. Apenas mais um combo trazido pela correnteza da vida. E as pessoas são milhões de barquinhos boiando à deriva nesse mar de combos-desilusões.

Por que raios precisamos nos deparar tão frequentemente com este combo? Por que, apesar da assiduidade com que nos é entregue (em domicílio), ainda nos surpreendemos com sua chegada? É inútil pensar que existe qualquer controle nas entregas. A impressão que dá é de que os motoboys escolhem aleatoriamente seus clientes, de modo que a pizza, juntamente com o refrigerante e a sobremesa, é entregue quando menos se espera. E vinda de um lugar igualmente inesperado.

Trata-se de um ciclo vicioso, sem fim. As pizzas-decepções estão sempre chegando, por mais que insistamos não apreciar seu sabor. Nada de mozzarella ou champignon. Seu gosto é amargo, mais amargo que qualquer ressaca. Mas assim como o álcool, é um vício. Confiar nas pessoas é um vício. Um vício que precisa ser abolido, para nosso próprio bem. Mas como? 

Um comentário:

Alexandre Cunha disse...

bom é a diarréia, depois de uma pizza-decepção.

great writing, =*