quinta-feira, 28 de maio de 2009

Letters...from Joe to Mary.

Mary,
Estou com 29 anos, como bem sabes, e, infelizmente, a sorte muitas vezes deixou de me sorrir. Claro que isto não é a grande novidade na vida de ninguém, mas as proporções de tal fato, para alguém cuja angústia reside em se ver obrigado a continuar existindo, são imensas. Maiores do que é possível conjecturar. E por mais inacreditável que pareça, sempre te incitam a não desistir.
Confesso que nunca dei real atenção a tais apelos. Nunca, até o dia em que recebi tua carta. Me senti disposto a tentar a vida, nem que fosse apenas por tempo suficiente para enviar-te meu rabiscado coração.
Não sei se sou a criatura mais indicada para dizer-te o que podes fazer ou não. A verdade é que foi tu quem me mostrou que posso...que posso continuar vivo.

"Na verdade é digno de nota aquilo que a alegria e a felicidade podem fazer a um homem. Como o amor exalta o coração! É como se ele, todo inteiro, se derramasse dentro de outro coração e desejássemos que toda a gente se sentisse feliz e sorrisse à nossa volta!" (Noites brancas - Dostoiévski)

Nenhum comentário: