quarta-feira, 20 de maio de 2009

Macrocosmo pelo microscópio

Quando falamos em microscópio, logo vem à mente a imagem de microorganismos em cadeias bem organizadas, a exemplo das bactérias, dos vírus, dos fungos. Mas e se nós nos colocássemos na posição de seres microscópicos?

Na verdade, seria apenas uma implantação mental de algo real. Afinal de contas, comparados à vastidão universal, somos praticamente amebas. Fato é que somos as amebas mais destrutivas e menos altruístas do Universo!

Fadados a uma existência medíocre, os seres humanos-amebas caem na desgraça de achar que são a representação da evolução, que não há nenhuma razão para crer que há criaturas pensantes fazendo tours interestelares (leia-se: seres humanos-amebas realmente não pensam). Acredite se quiser, mas os humanos-amebas são mesmo de uma impáfia inimaginável em outras galáxias. É de causar repugnância até no mais asqueroso dos aliens!

Há muitas evidências que levam a crer que não partilhamos de um organização social impecável como a que observamos por parte dos verdadeiros microorganismos. Como é possível? Isso é só mais uma confirmação de que tamanho não é documento...quem dera fosse! Assim, não viveríamos na imundície de sentimentos e sensações que experimentamos todo santo dia. E devemos toda essa sujeira à maldita confiança de que podemos tudo. Nossa! O Olimpo anda lotado, não?

Mas...recapitulando. Humanos-amebas são grandes em tamanho e pequenos em todo o resto. Creio que isso já é mais do que podemos esperar, e mais óbvio do que seria saudável a uma espécie animal. Se não fôssemos tão bons em construir armas de destruição em massa, já teríamos sido dizimados no lugar daqueles que dizimamos. Lei do mais forte? Não. Lei do mais cruel.

O caso é que humanos-amebas enxergam o Universo por uma perspectiva ínfima. Seu limitado campo de visão só chega até a região do umbigo, e isso é um sério infortúnio. É como pretender inverter a ordem natural das coisas. É como pretender admirar o macrocosmo através das lentes de um microscópio. É como pretender ser o cientista-senhor-do-universo.


2 comentários:

Alexandre Cunha disse...

Hahahaha, foderoso. Nossa reprodução, pelo menos, não é assexuada. Ao menos isso :)

Beatriz disse...

Gostei bastante da crítica feita à pretensão inacabável do homem e a seu falso e aparente poder de achar que é a criatura mais fascinante que já existiu. isso estimula tanto o egoísmo, individualismo e todos esses 'ismos' negativos, né? muito bom. (: